Aneurisma cerebral: celebrando os avanços da RI para o seu tratamento - papers da equipe Neocure

Introdutório

As artérias e vasos de nosso corpo são estruturas resistentes, capazes de suportar as diferentes pressões sanguíneas que passam por dentro delas constantemente.

O aneurisma se caracteriza, justamente, enquanto uma dilatação, semelhante a uma bolha, que se desenvolve em uma artéria fragilizada do cérebro. O diagnóstico de aneurisma cerebral não é raro, ainda que o seu rompimento o seja.

E neste ponto reside também o maior risco deste adoecimento: ao romper, o aneurisma – que passa a ser denominado como aneurisma cerebral roto - se torna um quadro de elevado risco de sequelas neurológicas e de mortalidade, sendo fatal para até um terço dos que apresentam o rompimento.

A Neocure, ao longo de toda a sua história, se compromete com a abordagem minuciosa ao diagnóstico e tratamento de pacientes com aneurisma. Neste texto, em especial, gostaríamos de apresentar algumas das pesquisas e artigos que nossa equipe produziu ao longo do ano a respeito do tema.

Mais do que estudos de caso e avanços científicos, o esforço constante em atualizar as pesquisas no campo da Neurorradiologia Intervencionista e registrá-las em publicações médicas, são parte da missão e atuação de toda a equipe Neocure.

Quais foram nossas contribuições aos estudos sobre o aneurisma em 2021?

Ainda em janeiro deste ano, publicamos o artigo “Aspirin monotherapy in the treatment of distal intracranial aneurysms with a surface modified flow diverter: a pilot study”. Ao longo da análise, a ideia foi analisar a interação entre o uso de stents desviadores de fluxo e o potencial dos medicamentos antiplaquetários, como a monoterapia com aspirinas, na redução do risco de hemorragias durante procedimentos de tratamento ao aneurisma.

O objetivo do estudo foi, também, avaliar a segurança e eficácia do p48 MW HPC na abordagem aos aneurismas intracranianos. Dentre as conclusões, pudemos notar que a monoterapia antiplaquetária com aspirina para o tratamento de aneurismas, resultou em uma incidência maior de complicações isquêmicas.

A segunda publicação que gostaríamos de destacar se intitula “Treatment of distal unruptured intracranial aneurysms using a surface-modified flow diverter under prasugrel monotherapy: a pilot safety trial”, em que também abordamos o uso de desviadores de fluxo de superfície modificada, em especial, a eficácia do dispositivo de modulação de fluxo p48 MW HPC, para a abordagem aos aneurismas intracracianos distais, combinados com monoterapia a partir do medicamento prasugrel.

A pesquisa, e o ensaio piloto, puderam nos direcionar para uma perspectiva em que o tratamento dos aneurismas intracracinanos distais com com p48 MW HPC sob monoterapia, indica segurança.

Em setembro, publicamos ainda o estudo “Endovascular treatment of residual or recurrent intracranial aneurysms after surgical clipping”, em que nos preocupamos em avaliar a segurança e eficácia do tratamento endovascular para os quadros de aneurismas residuais ou recorrentes, com oclusão incompleta – na prática, aqueles já clipados e que ainda apresentam problemas.

Dentre as conclusões, pudemos notar que o tratamento endovascular de aneurismas recorrentes ou residuais obteve sucesso e segurança. A possibilidade de uso dos desviadores de fluxo parecem ser especialmente eficazes!

Compromisso e contribuição com a pesquisa acadêmica

Em nosso último texto blog do ano, a partir desse balanço de publicações e conclusões alcançadas, reafirmamos nosso compromisso com a pesquisa acadêmica, um dos pilares que constituem a missão da Neocure.

A perspectiva para o próximo ano é aprofundar ainda mais esses estudos, produzir análises novas e – um dos pontos mais importantes! – aplicar à nossa rotina e prática médica os avanços alcançados a partir das pesquisas elaboradas.

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