Mioma: opções de tratamento

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A palavra mioma pode assustar muitas mulheres. É importante estar atento aos sintomas para que a ida ao médico seja rápida, o que agiliza o diagnóstico e fortalece o tratamento.

Há diferentes opções para tratar cada caso. Elas dependem de diversos fatores como, por exemplo, o tipo de mioma. No texto de hoje, você saberá são os tratamentos disponíveis e muito mais! Então, continue com a gente e boa leitura!

O que é o mioma?

O mioma é um tumor benigno que atinge o útero e pode aparecer na idade fértil da mulher, causando alguns efeitos desagradáveis, como sangramento vaginal aumentado e sintomas de compressão das regiões próximas, como a bexiga, gerando dor, perda de urina ou necessidade de urinar várias vezes durante o dia ou mesmo acordar à noite para urinar.

Ele ocorre com mais frequência em mulheres que têm casos de mioma na família, em obesas, em mulheres que não tiveram filhos e naquelas descendentes de africanos.      

De modo simplificado, podemos dizer que existem três tipos de mioma: o subseroso, que se desenvolve na superfície externa do útero, o intramural, que ocorre no meio da musculatura uterina, e o submucoso, que está localizado abaixo do endométrio, a camada responsável pela menstruação.

 

Quais são os sintomas do mioma?

Veja abaixo quais são os principais sintomas relacionados ao mioma:

  • Sangue excessivo durante a menstruação;

  • Aumento da região abdominal e do útero;

  • Dores abdominais e cólicas fortes;

  • Incontinência urinária ou maior vontade de urinar;

  • Necessidade de acordar durante a noite para urinar;

  • Dificuldade em engravidar;

  • Período menstrual maior que o usual;

  • Prisão de ventre;

  • Dores durante o ato sexual.

É importante comentar que alguns miomas não apresentam sintomas imediatos, o que pode atrasar o diagnóstico e, por consequência, o tratamento. Estima-se que 70 a 84% das mulheres sejam diagnosticadas e apresentem sintomas decorrentes dos miomas em algum momento de sua vida reprodutiva, sendo que 15 a 30% delas terão necessidade de algum tipo de tratamento.

Como é o diagnóstico? Quais são os tratamentos?

Geralmente o diagnóstico ocorre a partir da realização de ultrassonografia ou ressonância magnética. Quanto mais rápido ele for diagnosticado, melhor será o tratamento e menor o desconforto do dia a dia. Por isso, mesmo que não esteja sentindo sintomas, é importante realizar consultas periódicas ao seu ginecologista.

Há alguns anos, só era possível tratar o mioma através de processos cirúrgicos convencionais e medicamentos. Hoje em dia, a radiologia intervencionista também é uma opção. Tudo depende do tamanho do nódulo, bem como das suas características e da situação clínica da paciente.

A maioria das pacientes que apresentam sintomas dos miomas realizam o tratamento medicamentoso, porém eles podem trazer efeitos colaterais indesejados, semelhantes aos da menopausa.

Mulheres que apresentam sintomas importantes dos miomas podem, após o tratamento medicamentoso, serem submetidas a diferentes tipos de tratamentos, alguns mais e outros menos invasivos.

Para mulheres que possuem mais de 35 anos de idade ou que já têm filhos, um tratamento possível é a retirada completa do útero. Esta cirurgia é chamada histerectomia e não é isenta de riscos. Caso se queira manter o órgão, é possível utilizar remover apenas o mioma (cirurgia chamada miomectomia) ou realizar a embolização, um tratamento minimamente invasivo realizado pelo radiologista intervencionista.

A embolização é tratamento menos agressivo e de recuperação mais rápida que os procedimentos cirúrgicos e é coberta pelos planos de saúde.

O tratamento através da embolização é realizado pela interrupção da circulação dos miomas utilizando finos cateteres, por dentro das artérias, reduzindo o tamanho dos nódulos e o volume do útero, assim como resolvendo os sintomas das doenças. Este procedimento faz parte do rol da ANS, sendo autorizado por todos os planos, desde que prescrito por um especialista.

A paciente é submetida ao procedimento sob raquianestesia, sedação ou anestesia geral, através de uma picada em uma artéria do punho ou da virilha, por onde finos cateteres alcançam a circulação do útero, sendo guiadas por raios X. Após alcançar a circulação, micropartículas ou microesferas são utilizadas para parar a circulação dos miomas, fazendo com que eles “sequem” e diminuam de tamanho, com resolução dos sintomas na grande maioria das pacientes. A alta hospitalar geralmente acontece no dia seguinte ao procedimento, porém em algumas situações a alta pode ser no mesmo dia do procedimento ou postergada em alguns dias.

Em artigos futuros discutiremos mais sobre peculiaridades do tratamento. Fique atento às nossas publicações!!

Tem dúvidas com relação à radiologia intervencionista? Entre em contato com a NeoCure para esclarecê-las!

Fonte: Dr. Lucas Moretti Monsignore
CRM/SP 121.017 - RQE 38.296/38.297
Atualmente um dos diretores da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE), entidade representativa da especialidade.

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