O que você precisa saber sobre Aneurisma Cerebral?

O aneurisma cerebral é uma dilatação, uma espécie de “bolha” ou “bexiga” que se formou em uma parte frágil de uma artéria do cérebro. É um problema relativamente comum no Brasil, acometendo cerca de 6 mil pessoas por ano.

É essencial compreender suas causas, sintomas e tratamentos, para procurar atendimento adequado e receber as orientações e tratamentos corretos. O artigo de hoje traz as principais informações sobre o assunto. Não deixe de ler!

O que causa o aneurisma cerebral?

Entre as principais causas deste problema, estão:

• Histórico familiar;

• Hipertensão;

• Tabagismo;

• Consumo de álcool;

• Consumo de drogas psicoativas, como maconha e cocaína;

• Diabetes;

• Dislipidemia (aumento dos níveis de colesterol e triglicérides).

 Em alguns casos, o indivíduo nasce com uma fragilidade nas paredes da artéria, o que pode levar ao aneurisma. Além disso, pacientes com algumas doenças podem ter predisposição o desenvolvimento do aneurisma, como a síndrome de Marfan, Ehlers-Danlos e doença renal policística.  Se alguém tem dois ou mais parentes de primeiro grau (pais, filhos, irmãos) com aneurisma cerebral, há probabilidade muito maior de possuir aneurisma que a população geral.

Quais são os sintomas?

É importante esclarecer que, na maioria dos casos, a formação de um aneurisma ocorre lenta e gradualmente. É relevante reforçar que os aneurismas não rotos (aqueles que não sofreram hemorragia) geralmente não causam qualquer sintoma.

Os sintomas passam a aparecer quando ele cresce muito e comprime áreas do cérebro e nervos dessa região ou no momento em que ele se rompe, quando ocorre a hemorragia.  Os sinais mais frequentes desta fase avançada, em que o aneurisma se rompeu, são:

• Dor de cabeça súbita e intensa;

• Desmaios;

• Náuseas;

• Vômitos;

• Convulsões.

Para diagnosticar a hemorragia, normalmente é necessário realizar uma tomografia computadorizada. Depois disso, para descobrir a causa da hemorragia, é preciso fazer um exame de imagem dos vasos do cérebro. Pode ser através da Angiotomografia, da Angiorressonância ou da Angiografia por Cateterismo.

Esta última é realizada pelo Neurorradiologista intervencionista e é muito relevante para estabelecer o diagnóstico do paciente. Permite estudar de maneira detalhada o problema, o que é essencial para planejar o tratamento.

Qual é a diferença entre aneurisma cerebral e AVC?

Esta é uma dúvida frequente entre os familiares de pacientes que foram acometidos por um aneurisma cerebral. Apesar de terem uma conexão, eles são problemas diferentes.

O termo “AVC”, (Acidente Vascular Cerebral) é usado para dizer que houve um problema em algum vaso sanguíneo do cérebro. O AVC pode ser ou isquêmico ou hemorrágico. O isquêmico ocorre quando uma artéria é obstruída e o sangue e nutrientes ficam impedidos de passar para as células cerebrais.  O hemorrágico (mais conhecido como derrame) ocorre quando um vaso cerebral é rompido, o que gera hemorragia. Esse tipo é o que acontece com o paciente que sofre de aneurisma roto (aqueles que tiveram hemorragia).

Saber diferenciar AVC isquêmico e hemorrágico é essencial, na medida em que a informação auxilia os médicos que prestam socorro à vítima. Como os sintomas iniciais podem ser parecidos, o mais importante é procurar assistência médica o mais rápido possível, de preferência acionando o SAMU pelo 192 e explicando os sintomas da pessoa doente.

Quais são as possíveis sequelas de um aneurisma?

Quando houve ruptura e hemorragia, as taxas de óbito são altas, atingindo um terço dos que apresentam o problema. Grande parte dos pacientes que sobrevivem acabam ficando com sequelas. Alguns exemplos delas são:

• Alteração da força dos braços e pernas em vários graus, podendo chegar à paralisia total (plegia);

• Alterações da fala (disartria);

• Alterações da capacidade de se comunicar (afasia);

• Alterações da visão, que vão desde a visão dupla até a cegueira;

• Alterações do equilíbrio;

• Dificuldade em tossir e engolir;

• E outras.

É possível preveni-lo?

Com hábitos simples do dia a dia, é possível controlar os fatores de risco que levam desenvolvimento de um aneurisma, ou ao aumento de seu tamanho.

Como vimos anteriormente, muitos dos fatores de risco estão relacionados a hábitos de vida e alimentação, sendo assim recomenda-se que as pessoas tenham hábitos mais saudáveis, o que inclui uma alimentação balanceada, com pouca gordura e açúcar, a prática de exercícios físicos regulares, o controle da pressão arterial e diabetes, além do abandono do consumo de cigarro e de álcool.

Também é importante realizar consultas periódicas com um médico especialista, seguindo sempre suas orientações e realizando exames preventivos.

Mais dúvidas sobre aneurisma cerebral? Entre em contato com a NeoCure. Nossos médicos estão prontos para ajudá-lo a cuidar de sua saúde!