Angiografia cerebral - 03 casos em que ela pode ser indicada
Em nosso último texto, falamos sobre a invenção e divulgação da Angiografia Cerebral, por Egas Moniz, realizada pela primeira vez no Brasil em 1928.
Décadas depois, esse procedimento continua a ocupar um lugar de destaque para a Radiologia Intervencionista, se tornando mais preciso e seguro através de estudos e avanço da tecnologia de imagem.
Considerada padrão ouro para o diagnóstico de diferentes patologias, como por exemplo, o aneurisma cerebral e malformações arteriovenosas do crânio, nesse texto destacamos três quadros clínicos em que a Angiografia cerebral é indicada.
Vamos conhecer?
Vasculite
Caracterizada pela inflamação dos vasos sanguíneos, que pode atingir diferentes regiões do organismo ou se restringir aos vasos cerebrais, a Vasculite é diagnosticada a partir da Angiografia Cerebral.
Patologia pouco conhecida e de risco, a Vasculite não só inflama, como também destrói as paredes dos vasos. Os seus sintomas incluem dores de cabeça, déficit neurológico focal e, até mesmo, crises convulsivas.
Por se tratar de uma doença grave, o diagnóstico preciso é crucial para que um plano de abordagem ao problema possa ser elaborado rapidamente. E, neste ponto, a sensibilidade e precisão da Angiografia são aliados importantes.
Malformação Arteriovenosa
A partir de uma complexa anomalia na comunicação entre artérias e veias, a Malformação Arteriovenosa é uma doença de elevado risco e que pode levar, inclusive, a um AVC hemorrágico.
Este é um problema congênito que, em geral, demora a apresentar os primeiros sinais, e que se manifesta a partir de sintomas como a hemorragia, crises convulsivas e dores de cabeça crônicas.
Cada quadro exige uma avaliação individualizada para a construção de um tratamento realmente assertivo. Dentre os exames que ajudam no diagnóstico do problema, a Angiografia Cerebral desponta enquanto uma opção segura e de qualidade.
Trombose Venosa Cerebral
Mais uma doença rara e de risco! A partir da formação de coágulos no interior das veias cerebrais, essa patologia possui uma origem multifatorial e se relaciona às alterações no processo de coagulação do sangue. Anemias, algumas infecções, doenças cardíacas e obesidade são alguns dos fatores possíveis.
A formação de coágulos pode levar a obstruções de veias e aos quadros de AVC hemorrágico ou isquêmico. Após a avaliação médica inicial, o diagnóstico pode ganhar maior minuciosidade através da Angiografia Cerebral, permitindo uma visualização anatômica aprimorada das veias.
Depois deste e de outros exames, a equipe médica estará preparada para propor a melhor abordagem terapêutica para cada paciente.
Quer saber mais?
A indicação da necessidade da Angiografia é feita sempre após uma avaliação completa dos sintomas apresentados pelo paciente, seu quadro clínico e avaliação de riscos.
Caso você queira conhecer outros procedimentos em que essa técnica é utilizada, basta acessar a aba de pesquisa de nosso blog e, também, nossas redes sociais!
Referências:
Vasculite Primária do Sistema Nervoso Central: Um Desafio Clínico e Imagiológico