Compreendendo a experiência de dor em procedimentos intervencionistas

A Radiologia Intervencionista e seus respectivos procedimentos são, sem sombra de dúvidas, marcos importantes para a medicina moderna.

Possibilidade de mínima invasão, uso de tecnologia de imagem e recuperação mais rápida são alguns dos pilares quando falamos deste campo de atuação. Mas, e quanto à dor? Técnicas intervencionistas costumam ser dolorosas?

Vamos explorar um pouco mais esse tema.

Uma reflexão sobre a dor

Quando falamos de dor, é fundamental ter em vista a sua relatividade e subjetividade: o que é muito doloroso para alguns, pode vir a ser moderado para outros. Além disso, existem vários fatores que influenciam na percepção de dor.

Alguns pesquisadores têm se dedicado a compreender melhor essa questão. Um estudo recentemente publicado, em especial, buscou examinar a intensidade da dor após pacientes passarem por procedimentos de Neurorradiologia Intervencionista.

A metodologia da pesquisa, que se dedicou a avaliar pacientes submetidos a procedimentos intervencionistas guiados por tomografia computadorizada em um centro de referência em oncologia, levou em conta algumas variáveis, como a idade dos pacientes, o tipo de intervenção, o histórico médico de cada paciente, seu estado psicológico antes do procedimento e suas expectativas em relação a ele.

Neste estudo de caso, os resultados podem nos ajudar a refletir sobre a dor em procedimentos intervencionistas: cerca de 84% dos pacientes não relataram sentir dor alguma após procedimentos percutâneos, enquanto aproximadamente 8% tiveram uma dor leve e outros 8% sentiram uma dor moderada.

A pesquisa levantou ainda a possibilidade de que pacientes mais jovens, níveis elevados de ansiedade antes do procedimento e o calibre das agulhas utilizadas são fatores relevantes para a incidência da dor.

“Doutor, vou sentir muita dor durante/após o meu procedimento?”

Fica aqui, portanto, nossa resposta a essa pergunta!

Apesar de comum, a dor após procedimentos intervencionistas é geralmente suportável. Muitos pacientes costumam caracterizá-la enquanto um desconforto e não uma dor propriamente dita.

Vale lembrar que algumas dessas técnicas exigem o uso de anestesia local, o que também determinará a presença ou não de incômodos.

Neste e em outros casos, há um conselho relevante: converse com seu médico de confiança a respeito do procedimento que você fará. Isso te trará mais confiança e a possibilidade de mais conforto durante todo o seu tratamento.

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