Carcinoma Hepatocelular e a importância de uma abordagem multidisciplinar

Você sabia que tumores com características malignas podem atingir o fígado de duas diferentes formas?

Uma boa parcela dos diagnósticos de câncer de fígado se relacionam, na verdade, com metástases. Ou seja, a origem do problema está relacionada com uma outra parte do corpo e as células cancerígenas, em algum momento, alcançaram o fígado.

Em outros casos, um pouco menos comuns, o tumor se origina no próprio fígado, sendo então conhecido como câncer primário do fígado. Dentre os diferentes tipos deste câncer, o mais frequente é o carcinoma hepatocelular, sendo ele um tumor relacionado com alguns adoecimentos hepáticos, como a cirrose e hepatites virais.

Qual é a abordagem para o tratamento deste problema?

A resposta a essa pergunta dependerá, sobretudo, das características que o tumor carrega consigo. Suas dimensões, localização, volume e estágio da doença são fatores primordiais para que possamos determinar qual opção terapêutica é mais apropriada, em cada caso.

Além disso, é importante avaliar a condição clínica do paciente, o seu histórico médico, idade e comorbidades!

A dimensão do tumor e sua localização, por exemplo, definirá se a melhor medida é a cirurgia de ressecção ou não.

Mas, e quando a cirurgia não é uma possibilidade?

Quando o tumor apresenta um tamanho maior ou há algum risco relacionado às condições de saúde do paciente, a cirurgia - seja ela de ressecção ou de transplante hepático - pode se tornar uma alternativa menos eficaz.

Em outros casos, o procedimento cirúrgico não é mais viável ou o paciente não deseja se submeter a um processo cirúrgico.

Seja na contribuição em casos como este, ou então junto a pacientes elegíveis para a cirurgia e que buscam uma abordagem mais integral e multidisciplinar ao problema, a Radiologia Intervencionista desponta como uma importante aliada!

Os métodos ablativos percutâneos, por exemplo, são possibilidades importantes e com potencial curativo para este tipo de neoplasia. Já a quimioembolização transarterial é uma aliada tanto para o cuidado paliativo, mas também durante o tratamento em direção à cura.

Algo importante a se ter em vista é que, em muitos casos, as técnicas intervencionistas podem ser utilizadas não enquanto um fim em si mesmas, mas sim como estratégia para que o paciente se adeque aos critérios mínimos exigidos para a cirurgia ou transplante hepático.

Seja na cura, controle ou alívio dos sintomas da doença, a possibilidade de integrar diferentes especialidades, dentre elas a Radiologia Intervencionista, se torna cada vez mais relevante.

Toda nossa equipe acredita na importância da abordagem multidisciplinar e construção de pontes entre saberes: não apenas para um cuidado aprimorado ao paciente, mas também para o avanço das próprias técnicas terapêuticas propostas para o Carcinoma Hepatocelular.

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